quarta-feira, 27 de outubro de 2010

I Encontro do Grupo Ciranda

Este artigo, Dona Kimie escreveu para o Jornal Diário de Fato, onde foi publicado um encontro do grupo Ciranda. O Grupo é destinado às pessoas que ficam em casa e não tem muitas opções para se divertir, então nosso grupo é um convite para entrar na roda e distribuir as energias por igual.

Ciranda, cirandinha,

Vamos todos cirandar!
Vamos dar a meia volta,
Volta e meia vamos dar.
O anel que tu me destes
era vidro e se quebrou.
O amor que tu me tinhas
era pouco e se acabou.
Por isso dona Landa,
faz favor de entrar na roda.
Diga um verso bem bonito,
diga adeus e vá-se embora!

... a dona Mary, o seu Orozino, a dona Luzia, a Raquel, a Maria, o Joaquim Leite, o seu Zé Olynto, a Chiquinha, o seu Egídio, a Poliana, o Lupércio, a Palmira, o Sr. Varela, a Adelina, o Edson, a Isabel, o Dedé, a Ana, a Juliana, a outra Maria, a Onofra, a Kimie... todos brincaram de roda, e todos disseram seus versos, fazendo declarações de amor aos consortes, abençoando a Ciranda ou mesmo declamando Batatinha quando nasce...
Até o honorável Prof. Walter Victor Sperandio fez suas declarações. Seu sorriso feliz foi registrado por muitas câmeras... O Milton filmou tudo.
Tudo isso aconteceu no dia 15 de outubro à tarde, no Sítio do Dedé, no Restaurante Cozinha Caipira.
O Grupo Ciranda levou 13 convidados, para passar umas horas de lazer com amigos.
Programado para as 15h30, na verdade, iniciou-se as 14h30, graças à ansiedade e pressa de alguns. Pressa de ver os amigos.
Foi um dia de reencontros, de confraternização. Parecia um piquenique.
Todos foram chegando e se abrindo num largo sorriso de felicidade.
E aconteceu naturalmente. Beijos e abraços e sorrisos e troca de notícias.
Depois, os acordes do violão, dedilhado por seu Lupércio Salvá e seu Pedro Squinca. E o coral de Adelina, Maria e Egídio. Muito Bonito.
Mas, quem mais curtiu foi a dona Onofra, que discursou, que dançou e desfilou sua roupa de fuxico, confeccionada pela própria. Dona Onofra.
Todos voltaram à infância na hora da Ciranda, brincando e rindo do próprio acanhamento.
O “menino arteiro” da festa foi o Sr. Mario Dias Varela, com a sacola cheia de badulaques (parecia a caixa de Pandora ao contrário), distribuindo desconcertantes presentes, como se todos fossem crianças. A Poliana dizia “O que eu faço com esse cavalinho de plástico?” A dona Mary Magro “Prá que esse pano de prato?” E a telha de Nossa Sra. de Fátima, abençoada, que trouxe de Portugal... Impressionante a hiperatividade do Sr. Varela, cheio de ideias.
Na ocasião, o Dedé ou José Maria de Carvalho doou para o Grupo, uma casa antiga, para transformá-la em Museu de Mirandópolis.
A casa é de madeira grossa e foi construída há mais de setenta anos – deve ter sido a residência dos primeiros proprietários do sítio. Possui até um fogão de lenha. O Sr. Varela prometeu dar uma melhoria na casa.
As horas passara, rápido. E ninguém queria vir embora. Todos já sonhavam com o próximo encontro.
E foi assim - simples, bonito e agradável, como o tempo com que Deus abençoou o dia.
O Grupo Ciranda realizou um sonho, o sonho de proporcionar umas horas de lazer às pessoas que vivem sós.
Outros encontros vão acontecer.
E outros amigos serão chamados.
Porque a vida é curta e é preciso curti-la melhor, Cirandando.

Mirandópolis, outubro 2010


Kimie Oku

Algumas fotos do encontro.



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